3 de setembro de 2012

Exclusivo: Saúde mental no GDF vai de mal a pior


Saúde mental no GDF vai de mal a pior
Denúncias revelam a falta de medicamentos no Centro de Saúde nº 01 em Ceilândia-DF 
31/08/2012
Por André Falcão 
De acordo com as denúncias recebidas, há falta de medicamentos de controle especial no Centro de Saúde nº 01 em Ceilândia-DF, localizado ao lado do Hospital Regional de Ceilândia, e a reportagem foi até lá, averiguou as denúncias e constatou que no local existe inclusive um quadro de avisos que é escrito com lápis especial, daqueles que há uma constante mudança de informação, fácil de apagar, ou seja, “é normal” faltar medicamento e escrever qual está em falta. 
Ao receber a denúncia, tivemos a responsabilidade de acompanhar a situação durante um longo período, e na sexta feira (31) constatamos que várias pessoas que precisam de medicamentos voltavam sem o remédio, com um sentimento de indignação. Inclusive, sem querer ser identificado, um cidadão desabafou, “sabemos que pagamos muitos impostos, dinheiro eles tem, o que falta é gestão, isso é uma vergonha, a quem posso recorrer, sou um cidadão e preciso do remédio, estou agitado”, ele se referiu ao Governo do Distrito Federal., e várias outras pessoas também estavam revoltadas com a ineficácia da saúde mental no GDF, ao revelar que estávamos fazendo uma reportagem, uma pessoa, que também preferiu não se identificar e bastante emocionada, pediu, " por favor, vocês são jornalistas, façam alguma coisa para mudar essa situação, vocês são nossa esperança". Então agimos.
Os  medicamentos que estão em falta são distribuídos gratuitamente, mas são comprados com os nossos impostos, e uma das funções do jornalismo é fazer com que a população tenha os seus direitos garantidos, por isso quando recebemos a denúncia, imediatamente fomos no Centro de Saúde.
Os medicamentos que estão em falta são: o Ácido Valpróico, antiepiléptico utilizado tanto nas crises generalizadas, como nas crises focais ou nas crises secundariamente generalizadas e possui a função de bloquear as descargas repetidas e prolongadas dos neurónios, que estão por trás de uma crise epiléptica. Também falta o clonazepam, que tem ação direta sobre o foco epiléptico e impede que este interfira na função do restante do sistema nervoso,
Já o  haloperidol, que também está em falta,  é utilizado no controle de agitação, agressividade, estados maníacos, psicose esteróidea e para tratar a distúrbio de Gilles La Tourette. Outro medicamento que está em falta é o Amitripicilina. 
Em nota à imprensa, a Secretaria de Saúde reconheceu que existe sim a falta destes medicamentos, e segundo informou, em poucos dias será resolvida essa questão, ou seja, o estoque será regularizado, e há processos de compra e É o que esperamos, tanta gente humilde tendo que ir e vir sem saber quando vai chegar o remédio, e é por isto que vamos dar um voto de confiança e aguardar a solução do problema.


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